terça-feira, 5 de março de 2013

CLUBE M.A: Ex aluna trabalha na Polícia Judiciária de Mato Grosso.




Carina Alvarenga de Rezende Peixoto, 33 anos, natural de Goiânia - GO, mora em Alto Araguaia - MT desde os cinco anos de idade. Trabalha como Escrivã da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, escolheu essa profissão porque quando terminou a faculdade de direito, queria trabalhar na área e precisava de emprego e também pela estabilidade que o concurso público proporciona. Casada, Carina tem dois filhos, Matheus e Daniel.


Qual o período em você que estudou na escola Maria Auxiliadora?
Carina: Da 3ª série (atualmente 4° ano) à 7ª série (atualmente 8° ano), de 1988 à 1992.

Como era a escola naquela época?
Carina: A estrutura do colégio e os padrões de ensino continuam os mesmos, apenas a biblioteca e a parte debaixo que foram modificadas. Mas a mudança mais significativa é que antes existiam alunas internas, que além de estudar moravam na escola. Eu tinha vontade de ser uma delas, pois tinha hora para tudo.

Como era o Uniforme?
Carina: Era calça jeans azul e blusa branca, as meninas tinham que usar saia ou bermuda abaixo do joelho.

Você se lembra de algum professor?
Carina: Professora Sônia, Elisena, Maria das Graças e Ilse.

"Passávamos a maior parte do tempo na escola, pois não tinha muita coisa na cidade" (Carina).

Você se lembra de quem era diretora na época? E coordenadora?
Carina: A diretora era a Irmã Gilda, e as coordenadoras eram a Hélida e a Selma.

Porque você escolheu esta escola para estudar?
Carina: Minha mãe que decidiu que o colégio das irmãs era o melhor local para que eu pudesse estudar e naquela época, a escola já era Estadual.

O que mais marcou para você nesta escola?
Carina: Passávamos a maior parte do tempo na escola, pois não tinha muita coisa na cidade. Todas as datas comemorativas a gente realizava, com apoio dos professores, peças de teatro, danças e desfiles. Além de que sempre participávamos de recreações, juntamente com a professora Sônia.

"Sou contra o atual sistema de ensino" (Carina)

Tem algum aprendizado dessa escola que você levou e acha que vai continuar levando para sua vida inteira?
Carina: Com toda certeza, os princípios religiosos. No período em que estudei na escola, aprendi a conciliar a minha vida dentro dos princípios religiosos.

 
Tem algum amigo(a) que você conheceu aqui e permaneceu até os dias de hoje?
Carina: Não. Infelizmente a gente só se cumprimenta com um “oi, tudo bem?”, mais não permaneceu a nossa amizade com a mesma intimidade da época. Pois cada um seguiu o seu caminho.

Como era a cidade naquela época? Quais foram as principais mudanças para os dias de hoje?
Carina: A estrutura da cidade não mudou. O que foi alterado é a forma que as pessoas vivem. Na minha época não se ouvia falar em drogas. Hoje em dia não deixo o meu filho sair sozinho para a esquina, porque está muito perigoso. Acaba que as influências são fundamentais para entrar no caminho das drogas. E também o fácil acesso, apesar de ser ilícitas, hoje em dia qualquer pessoa, desde crianças até adultos se desejarem consegue ter acesso às drogas. Antes a gente vivia mais, pois havia mais limites. Brincávamos de amarelinha, pular corda, bambolê, fazíamos pic-nic, tomávamos banho de rio. Já nos dias atuais, alguns jovens desconhecem essas brincadeiras e recreações. A juventude vive dentro de casa, e tem como uma das poucas opções de lazer, acessar a internet.

Os jovens bebiam e fumavam com frequência como hoje em dia?
Carina:Não, de jeito nenhum! O juiz proibia ficar na rua depois das onze da noite. Acaba que as influências são fundamentais para entrar no caminho das drogas. E também o fácil acesso, apesar de ser ilícitas ou proibidas para menores de idade, hoje em dia, qualquer pessoa, desde crianças até adultos se desejarem consegue ter acesso às drogas.

"No período em que estudei na escola, aprendi a conciliar a minha vida dentro dos princípios religiosos" (Carina).
 
Porque escolheu essa escola para seus filhos estudarem?
Carina: Só um que estuda, pois o outro não tem idade.  A Escola Maria Auxiliadora é uma das melhores escolas da cidade, pela metodologia usada pelos professores, pelos limites colocados aqui e pelos princípios religiosos. Tudo o que eu vivi em assunto de religiosidade eu quero que o meu filho viva, pois considero que eu tive uma boa educação através desses princípios. O que precisa melhorar, cabe muito mais ao estado, do que a escola em si. Sou contra o atual sistema de ensino em que o aluno não reprova, e vai passando de série, mesmo não estando preparado. Aumentou muito a responsabilidade dos pais, no sentido, de cobrar e acompanhar o desenvolvimento dos filhos. 



*Entrevista realizada no dia 28 de fevereiro de 2013, na Escola Estadual “Maria Auxiliadora”, às 14h00min, pelos alunos do 9° ano “B”, Wallace Martins Vieira e Ladislayne Maria de Souza Pereira. Com fotos tiradas pelo aluno Matheus Gomes de Rezende do 7° ano "B".

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