Ex aluna trabalha na Polícia Judiciária de Mato Grosso.
Carina Alvarenga de Rezende
Peixoto, 33 anos, natural de Goiânia - GO, mora em Alto Araguaia - MT desde
os cinco anos de idade. Trabalha como Escrivã da Polícia Judiciária Civil de
Mato Grosso, escolheu essa profissão porque quando terminou a faculdade de
direito, queria trabalhar na área e precisava de emprego e também pela
estabilidade que o concurso público proporciona. Casada, Carina tem dois
filhos, Matheus e Daniel.
Qual
o período em você que estudou na escola Maria Auxiliadora?
Carina:
Da
3ª série (atualmente 4° ano) à 7ª série (atualmente 8° ano), de 1988 à 1992.
Como
era a escola naquela época?
Carina:
A
estrutura do colégio e os padrões de ensino continuam os mesmos, apenas a
biblioteca e a parte debaixo que foram modificadas. Mas a mudança mais
significativa é que antes existiam alunas internas, que além de estudar moravam
na escola. Eu tinha vontade de ser uma delas, pois tinha hora para tudo.
Como
era o Uniforme?
Carina:
Era
calça jeans azul e blusa branca, as meninas tinham que usar saia ou bermuda
abaixo do joelho.
Você
se lembra de algum professor?
Carina:
Professora
Sônia, Elisena, Maria das Graças e Ilse.
"Passávamos a maior parte do tempo na escola, pois não tinha muita coisa na cidade" (Carina). |
Você
se lembra de quem era diretora na época? E coordenadora?
Carina:
A
diretora era a Irmã Gilda, e as coordenadoras eram a Hélida e a Selma.
Porque
você escolheu esta escola para estudar?
Carina:
Minha
mãe que decidiu que o colégio das irmãs era o melhor local para que eu pudesse
estudar e naquela época, a escola já era Estadual.
O que mais marcou para você nesta escola?
Carina:
Passávamos
a maior parte do tempo na escola, pois não tinha muita coisa na cidade. Todas
as datas comemorativas a gente realizava, com apoio dos professores, peças de teatro,
danças e desfiles. Além de que sempre participávamos de recreações, juntamente
com a professora Sônia.
"Sou contra o atual sistema de ensino" (Carina) |
Tem
algum aprendizado dessa escola que você levou e acha que vai continuar levando
para sua vida inteira?
Carina:
Com
toda certeza, os princípios religiosos. No período em que estudei na
escola, aprendi a conciliar a minha vida dentro dos princípios religiosos.
Tem
algum amigo(a) que você conheceu aqui e permaneceu até os dias de hoje?
Carina:
Não.
Infelizmente a gente só se cumprimenta com um “oi, tudo bem?”, mais não
permaneceu a nossa amizade com a mesma intimidade da época. Pois cada um seguiu
o seu caminho.
Como
era a cidade naquela época? Quais foram as principais mudanças para os dias de
hoje?
Carina: A
estrutura da cidade não mudou. O que foi alterado é a forma que as pessoas vivem.
Na minha época não se ouvia falar em drogas. Hoje em dia não deixo o meu filho sair sozinho
para a esquina, porque está muito perigoso. Acaba que as influências são
fundamentais para entrar no caminho das drogas. E também o fácil acesso, apesar
de ser ilícitas, hoje em dia qualquer pessoa, desde crianças até adultos se
desejarem consegue ter acesso às drogas. Antes a gente vivia mais, pois havia
mais limites. Brincávamos de amarelinha, pular corda, bambolê, fazíamos
pic-nic, tomávamos banho de rio. Já nos dias atuais, alguns jovens desconhecem
essas brincadeiras e recreações. A juventude vive dentro de casa, e tem como uma das poucas opções de lazer, acessar a internet.
Os jovens bebiam e fumavam com frequência
como hoje em dia?
Carina:Não,
de jeito nenhum! O juiz proibia ficar na rua depois das onze da noite. Acaba
que as influências são fundamentais para entrar no caminho das drogas. E também
o fácil acesso, apesar de ser ilícitas ou proibidas para menores de idade, hoje em dia, qualquer pessoa, desde
crianças até adultos se desejarem consegue ter acesso às drogas.
"No período em que estudei na escola, aprendi a conciliar a minha vida dentro dos princípios religiosos" (Carina). |
Porque
escolheu essa escola para seus filhos estudarem?
Carina: Só
um que estuda, pois o outro não tem idade. A Escola Maria Auxiliadora é uma das melhores
escolas da cidade, pela metodologia usada pelos professores, pelos limites
colocados aqui e pelos princípios religiosos. Tudo o que eu vivi em assunto de
religiosidade eu quero que o meu filho viva, pois considero que eu tive uma boa
educação através desses princípios. O que precisa melhorar, cabe muito mais ao
estado, do que a escola em si.
Sou contra o atual sistema de ensino em que o aluno não
reprova, e vai passando de série, mesmo não estando preparado. Aumentou muito a
responsabilidade dos pais, no sentido, de cobrar e acompanhar o
desenvolvimento dos filhos.
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